De repente, a escuridão!
Onde o abraço afável
Da mãezinha amorável,
Espantando a solidão?
Agora, tudo era dor...
De filho amado, querido,
Só ficou o horror tão temido
Do sofrimento avassalador!
Ah! Se outrora eu soubesse
O valor de uma boa ação,
Do abraço fraterno ao irmão,
E a riqueza que há na prece...
Mas não, só cultivei a rebeldia
O desacerto, a intolerância...
E já na madureza, desde a infância,
Não soube aproveitar os meus dias!
Não mais ouvi a voz amorosa
Da mãezinha sempre a ensinar:
Meu filho! O importante é amar,
E ter uma vida laboriosa...
Mas ali, onde me encontrava,
Só havia dor e ranger de dentes...
Criaturas frias e indiferentes,
É que habitavam aquele antro!
Por muito tempo permaneci
Assim, deserdado da sorte,
Sem referência e sem norte,
Até que um dia adormeci...
Sem saber o que ocorreu
Acordei, oh! Bênção divinal...
Senti-me livre de todo o mal
Daquele ambiente que era só breu!
Um anjo bom da caridade,
Ao meu lado se aconchegou
E junto a mim, a Deus orou,
Com infinito amor e piedade!
Oh! Maravilha a acontecer!
Olhos atônitos, surpreendidos,
Vislumbrei doce quadro colorido,
E a força do amor eu pude ver!
Hoje que já estou mais refeito,
Estudo e trabalho com vontade
E afasto de mim toda a maldade,
Procuro agir melhor, e direito!
Só resta mesmo agradecer
A Deus-Pai pelo amor infinito,
Construindo um futuro bonito,
Um produtivo e novo amanhecer!
Médium:- Maria Lúcia Rímoli Kemura
SEMANA – 30/07/20010
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